terça-feira, 20 de abril de 2010

quinta-feira, 15 de abril de 2010

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Gostaria de escrever um texto onde as pessoas se identificassem com o relato. Mas não sou boa com palavras. Minha vida não tem nexo. Por que minhas histórias deveriam ser coesas?
Queria falar de felicidade, mas no momento isso não me pertence. Talvez seja o dia nublado, o cansaço da semana ou até mesmo a impossibilidade de escrever.
Adoraria falar em amor certo, mas também não tenho isso. Apenas tenho, talvez, um amor por alguém que ainda não saiba disso. Um amor unilateral, quase que platônico.
Seria ótimo se eu falasse sobre perspectiva de vida, mas sabe nesse exato momento minha perspectiva de vida é apenas chegar bem em casa para poder dormir.
Mas seria perfeito se eu falasse de amigos. Isso eu poderia passar uma tarde inteira falando dos meus poucos e bons amigos. Aqueles que me fazem rir quando to triste, aqueles que me fazem gargalhar com uma piada totalmente sem graça. Os que me abraçam, os que me fazem carinho. Esses amigos são minha felicidade, meu amor e minha perspectiva de vida. Pensando por esse lado, não é o dia nublado ou o cansaço da semana que me deixam triste, é eu não poder ver aqueles que eu realmente gosto. Agradeço pela existência destes e pela oportunidade que tive de ter o privilégio de tê-los comigo. Amigos, obrigada.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Dez coisas que eu odeio em você....

Navegando pela internet, lendo alguns textos e poesias, lembrei deste, do filme 10 coisas que eu odeio em você. Esse transpassa exatamente o sentimento que estou hoje, odeio adorando, não quero querendo....
Simplesmente, adoro....

"Odeio o modo como fala comigo
E como corta o cabelo
Odeio como dirigi o meu carro
E odeio seu desmazelo
Odeio suas enormes botas de combate
E como consegue ler minha mente
Eu odeio tanto isso em você
Que até me sinto doente
Odeio como está sempre certo
E odeio quando você mente
Odeio quando me faz rir muito
Ainda mais quando me faz chorar...
Odeio quando não está por perto
E o fato de não me ligar
Mas eu odeio principalmente
Não conseguir te odiarNem um pouco
Nem mesmo por um segundo
Nem mesmo só por te odiar"

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Pensando Bem...

"Pensando bem em tudo o que a gente vê e vivenciae ouve e pensa, não existe uma pessoa certa pra gente.Existe uma pessoa que se você for parar pra pensar é, na verdade, a pessoa errada.Porque a pessoa certa faz tudo certinho!Chega na hora certa, fala as coisas certas,faz as coisas certas, mas nem sempre a gente tá precisando das coisas certas.Aí é a hora de procurar a pessoa errada.A pessoa errada te faz perder a cabeça, perder a hora, morrer de amor...A pessoa errada vai ficar um dia sem te procurarque é pra na hora que vocês se encontrarema entrega ser muito mais verdadeira.A pessoa errada, é na verdade, aquilo que a gente chama de pessoa certa.Essa pessoa vai te fazer chorar, mas uma hora depois vai estar enxugando suas lágrimas.Essa pessoa vai tirar seu sono.Essa pessoa talvez te magoe e depois te enche de mimos pedindo seu perdão.Essa pessoa pode não estar 100% do tempo ao seu lado, mas vai estar 100% da vida dela esperando você.Vai estar o tempo todo pensando em você.A pessoa errada tem que aparecer pra todo mundo, porque a vida não é certa.Nada aqui é certo!O que é certo mesmo, é que temos que viver cada momento, cada segundo, amando, sorrindo, chorando, emocionando, pensando, agindo,querendo,conseguindo...E só assim, é possível chegar àquele momento do dia em que a gente diz: "Graças à Deus deu tudo certo"Quando na verdade, tudo o que Ele quer é que a gente encontre a pessoa errada pra que as coisas comecem a realmente funcionar direito pra gente..."
(Luís Fernando Veríssimo)

domingo, 27 de dezembro de 2009

Sozinha

Essas datas festivas me deixam entediadas e emotivas.
Lembrei dessa música, hoje mais cedo.
"As vezes no silêncio da noite
Eu fico imaginando nós dois
Eu fico ali sonhando acordada
Juntando o antes, o agora e o depois
Por que você me deixa tão solta?
Por que você não cola em mim?
Tô me sentindo muito sozinha
Não sou e nem quero ser a sua dona
É que um carinho as vezes cai bem
Eu tenho meus desejos e planos secretos
Só abro pra você e mais ninguém
Por que você me esquece e some?
E se eu me interessar por alguém?
E se ele de repente me ganha
Quando a gente gosta é claro que a gente cuida
Fala que me adora só que é da boca pra fora
Ou você me engana ou não está maduro
Yeah Yeah Yeah Yeah
Onde está você agora?"
(Peninha)

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Eu?

Estou acorrentada em pensamentos nos quais não me fazem andar para frente.
Esse passado que insiste em estar presente, não sei mais o que faço. Me faço ausente. Omito minhas necessidades. Engano meus anseios. Simulo ações. Finjo ser o que não sou. Cansei de me olhar no espelho e não ver reflexo. Cansei de encenar esse teatro que ninguém vê. Iludir quem me ilude. Acreditar em quem não acredita. Quero ser alguém que não tenha medo do amanhã, que não fraqueje com o desconhecido, que esteja pronta para o inesperado. Essa seria um ótimo eu. Um Eu ousado, abusado, verdadeiro e encorajado. Ah, esse seria um eu perfeito. Mas o medo me invade. Me afoga em duvidas de dançar no meu ritmo ou de me modelar como as pessoas querem. Sempre penso no outro. O que será que esta pensando de mim. Será que fiz certo? Mas porque quero tanto bajular o outro, se ninguém se preocupa se o que eu quero é o mesmo querer? Essa vida me entristece, deixa sem animo para continuar. Porque sei o que quero. Mas sei que não vou colocar em prática. Esse medo de não aceitação, é pertinente, insistente e me envolve de uma maneira que não consigo sair dessa redoma que me colocaram.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

O Quarto II

- O carro é todo teu. Tu que vai dirigir e fazer o que bem entender, não irei opinar em nada.
Foi assim que começou o encontro de Fulana naquela quente noite de primavera porto alegrense.
- O.K. Tem certeza? – disse ele.
- Sim, tenho. Fulana falou dando um beijo na boca de Beltrano e indo fazer o contorno no carro. Abriu a porta, sentou no banco do carona e simplesmente se divertiu vendo a cena onde Beltrano, tentava se ajeitar com banco, câmbio, embreagem, que a partir daquele momento pertenciam a ele. – Aonde vamos? Ela quis saber. – Não tínhamos combinado o local hoje à tarde? Beltrano perguntou olhando para ela com jeito intrigado. – Sim, tínhamos. Sei aonde vamos. Mas quero saber qual lugar vamos? Ele ficou olhando para ela por mais meio segundo, virou para frente e disse com aquele sorriso de canto de boca: - Por quê? Vai querer opinar? Fulana revirou os olhos, olhou pela janela aqueles borrões passando com velocidade por eles. – Não, não irei opinar como disse antes. Apenas curiosidade. Passou.
Beltrano colocou a mão na perna de Fulana e rindo disse: - Me divirto.
Conversaram sobre o tempo, calor, sobre a semana carregada de trabalho, chefe, casa, todas essas coisas que as pessoas conversam quando não se tem assunto para falar. Passando uns 10 minutos, chegaram ao destino esperado. O motel. Fulana, completamente confusa, envergonhada, pois Beltrano não é seu namorado, ou nem ao menos é seu ficante. Ele é apenas “o casual”. Eles se conheceram em uma festa quando eles tinham 13 anos, dizendo o Beltrano, pois ela não lembra nem do café da manhã de hoje. (Já disse que ela sofre de perda de memória? Sim, sofre). E depois viraram amigos e colegas de colégio. E muitos anos depois se encontraram em uma festa, cerveja vai, absinto vem, conversa fora, risadas, danças juntos, aquela coisa de saudade dos tempos de adolescência e um beijo aconteceu. Ficaram. E a partir dali, Fulana (já disse que ela também é neurótica – obsessiva?) começou a se interessar pelo amigo de colégio. Mas ele, para variar, não estava nem aí com ela. Mas teve algumas vezes que ficaram, e um dia, muito casualmente chegaram às vias de fato. E por isso que agora, Fulana se encontrava nessa situação estranha para ela, pois nunca havia acontecido nada parecido em sua vida. Beltrano escolheu o quarto, entraram e a primeira pergunta de Fulana foi: - Cadê o banheiro? – Ali. Respondeu ele. – Ali do lado da banheira? Fulana perguntou espantadíssima apontando para o vaso sanitário. – Mas onde fica a privacidade das pessoas?
– Aqui tudo que as pessoas não querem é privacidade. Beltrano respondeu com cara de divertimento.
- Sim, tudo bem. Mas se eu quiser fazer xixi, tu vai ver e ouvir? Nossa, que constrangedor.
- Fulana, ta mesmo interessada onde tu vai fazer xixi e se vou ouvir?
- Mas que dúvida se não. Ela respondeu.
- Tudo bem, vamos fazer o seguinte: Quando tu quiser realmente fazer xixi eu saio do quarto, ok?
Nisso, Fulana já estava pensando em seu pijama e se aquilo tudo valia realmente a pena.
- Tudo bem. – disse ela por fim – sai do quarto, quero fazer xixi.
Ele parou de fazer o que estava fazendo, olhou para ela para ver se aquilo era brincadeira, mas quando viu que ela não estava brincando, levantou e saiu do quarto resmungando algo como: “figura!”.
Só que na verdade ela queria dar uma olhada no lugar onde ele a tinha levado. Olhando travesseiro, cama, banheira, lençol, toalha, viu que o lugar era legal, disse que ele podia entrar. (Comentei que ela é meio estranha?).
Conversaram mais (não sei de onde sai tanto assunto nas horas que não era para ter assunto nenhum), beijos, abraços, carícias, Fulana tenta tirar o vestido, mas o tal resolve não sair. O vestido fica lá, no meio da cabeça, entalado nos peitos. Fulana vendo que não iria obter ajuda de Beltrano, simplesmente respira fundo e fala: - dá para dar uma mãozinha, não sei se tu percebeu, mas ele não ta querendo sair. Ele solta uma gargalhada e a ajuda. – Constrangedor, heim? Diz ela quando o vestido já não está mais na vista de nenhum dos dois. – Nada. Não esquenta com isso. - Beltrano diz, tentando confortá-la. No fim, as coisas acontecem como esperado (assim ela espera, e eu também). Beltrano resolve ir para a banheira. Fulana fica deitada ouvindo uma musica legal, quando ela ouve um barulho estranho de encanamento. A água quente para a banheira simplesmente não desce. Eles se olham com cara de “não acredito que isso esteja realmente acontecendo”. Ligam para a portaria e informam do problema. Com cara de paisagem, tanto eles como a pessoa que veio resolver o problema (viu como faz falta um banheiro? Fulana podia estar lá neste momento), trocam meias palavras, resolvem aquela coisa totalmente embaraçosa e tudo fica bem. Alguns dias depois, ouvi dizer que eles repetiram a dose do motel.....